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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Crianças com dificuldades escolares na Pandemia - o papel da família

 



Bom dia!
Hoje vou começar a falar sobre crianças com queixas de dificuldades de aprendizagem, especialmente na leitura e na escrita. Digo que começarei a abordar o assunto porque aparecem diferentes situações com muitas particularidades a serem analisadas. Portanto, pretendo dividir em tópicos para pensarmos juntos, diferentes situações que tenho visto.

E a primeira delas é sobre a situação atual: pandemia - aulas e estudo em casa.
Bom, estou vivenciando esta situação dentro da minha própria casa, portanto tenho experiência como fonoaudióloga e como mãe.

Como Fonoaudióloga, recomendo paciência . É um tempo de mudanças, de incertezas para muitos, do stress causado pelo distanciamento social e da novidade da tela (que era usada para se divertir) virando também instrumento de aprendizagem.

Crianças do ensino fundamental e adolescentes devem ser  incentivados e ensinados a ter autonomia nas suas atividades escolares, sem que os pais percam de vista o que estão aprendendo, é claro. Mas é importante o momento em que o aluno tem sua aula/tarefa para fazer e deve tentar fazer inicialmente por iniciativa própria, confiando na sua capacidade. Em um segundo momento, os adultos responsáveis revisam o que foi feito, esclarecem o que for necessário e possível, parabenizando-os pelo que conseguiram.

Como, mãe, recomendo mais paciência ainda. Estamos atravessando a mesma situação (do lado adulto com mais preocupações e problemas a serem resolvidos). A minha prática é DENTRO DO POSSÍVEL" o que recomendo como Fonoaudióloga. Digo isso porque tenho que ser sincera: às vezes falta tempo; às vezes, a paciência acaba; às vezes, não tenho conhecimento de algum conteúdo para esclarecer as dúvidas. E está tudo bem, porque não é esse ano que definirá as nossas vidas, mas ele vai se somar a uma história de acompanhamento da vida escolar dos filhos em amor, cuidados e disponibilidade de ajuda.

Sim, aqui também temos lamentos :
- "Estou cansada!"
- "Não quero fazer aula hoje".
- " Por que eu preciso levantar tão cedo?"
- "Sim, já fiz!!!" (mesmo quando não fez)
... e choramingos, e falta de estudo para as avaliações, e muitas outras coisas...

Como eu me conforto, como mãe (sabendo que também está sofrido para elas)? Imaginando como estão se sentindo, compreendendo a fase de desenvolvimento, e orando, porque sei que não tenho o controle dessa situação de crise e devo confiar em quem tem.
Costumo contar para as filhas que também tive momentos complicados no estudo, que na minha infância em escola pública no RS, passávamos por greves que pareciam intermináveis e, em períodos que seriam de férias,  ainda estávamos em aula para recuperar o tempo perdido.

Então, para suportar essa fase com um mínimo de sanidade, aqui em casa respeitamos os momentos de  aulas e tarefas escolares, separamos tempinhos para: assistir alguma coisa legal, ler juntos, jogar, andar de bicicleta, preparar alguma coisa da casa em equipe. 
Celebramos os bons resultados por menores que sejam e orientamos quanto ao que precisa melhorar.
E assim tem sido, menos difícil.

Vou deixar algumas sugestões de jogos aqui na sequencia.
Obrigada por me deixarem compartilhar também minhas experiências pessoais!
No próximo post, vamos falar sobre dificuldades de leitura.
Grande abraço a todos!!!

SUGESTÕES DE JOGOS PARA PRÁTICAS EM FAMÍLIA
- Jogos de tabuleiro: damas, xadrez, ludo, jogo da velha, advinha quem é?, cartas, memória, quebra-cabeças

- Jogos que podem ser providenciados em casa: stop, forca, adivinhar uma palavra ou número, charadas, esconder alguma coisa que deve ser achada, mudar alguma coisa de lugar e descobrir o que é, adivinhar a música.

- Jogos com o corpo: cantar e  dançar, jogar bola, pular corda, andar de bicicleta, arremessar bola em um cesto, amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, cabra-cega, mímica.

- Arte: criar brinquedos e objetos com sucata, tricô/crochê/bordado, recorte, colagem, pintura, dança, teatro, arte circense.
 







quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Tratamento Fonoaudiológico na Pandemia



Olá!

Cá estou de volta muitos meses depois da última postagem. A pandemia pegou todos de surpresa e nos tirou da confortável rotina, conhecida e quase previsível.

Minha família e eu viajamos no final do ano para passar as festas com os demais familiares, voltamos e reiniciamos as atividades. Nova viagem no final de fevereiro e, na volta, tudo mudou.

Havia um vírus ativo que parecia estar bem longe, mas que rapidamente se espalhou e chegou ao Brasil prontamente - o Novo Coronavírus.

Aqui no consultório, logo paramos com os atendimentos clínicos, minhas filhas passaram a estudar online e só meu esposo continuou sua jornada diária para o trabalho. Vivemos um tempo bem intenso de organização da nova rotina.

Cuidados tomados - higienização de mãos e objetos, álcool gel,máscaras, distanciamento social - percebi que todas as recomendações, tão presentes nos consultórios fonoaudiológicos, esbarram em algumas destas medidas preventivas que, de certa forma, dificultam a comunicação.

Com o passar das semanas, algumas famílias me procuraram, pois questões de linguagem escrita, que estavam sendo administradas ou apareciam menos nas aulas presenciais, começaram a ficar mais evidentes, principalmente diante do acompanhamento individualizado dos pais nas atividades escolares.

Questões relacionadas à linguagem oral também se manifestaram nesse tempo, observadas pelos pais em tempos de maior contato com os filhos.

Então os atendimentos precisaram ser retomados, obviamente adaptados a essa nova condição social. Em alguns casos há complementação com teleatendimento e as famílias continuam se empenhando em ajudar os filhos com suas demandas de aprendizagem e desenvolvimento.

Enfim, escrevi esse post enquanto pensava que os dias passam, as situações mudam, as coisas vão se ajustando, novas ações ficam mais naturais, os resultados começam a aparecer. E, como todos falam: - Vai passar. Mas mesmo antes de passar podemos aprender com cada dia que vivemos.

abraços e até logo




sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Desordem no Processamento Auditivo Central - como o professor deve agir?





O que fazer? A avaliação e diagnóstico
Ontem vimos aqui alguns sinais que levantam suspeitas de que um aluno possa ter uma Desordem de PAC, mas ainda não sabemos se realmente tem até que o mesmo seja avaliado e que tenhamos os resultados dos exames.
Então, ao perceber alguns dos sinais descritos aqui em frequência e intensidade que interferem na sua rotina e aprendizagem o professor deve conversar com a família  e ter uma determinada conduta junto à turma e ao aluno. Vamos ver cada uma dessas ações:

Conversando com a família
Chame a família para conversar. Pesquise se a família observa as mesmas características, descartando assim se não é uma situação particular, uma reação a algum problema que a criança esteja vivendo.
Em caso da  suspeita de DPAC ainda permanecer, oriente a família a procurar um fonoaudiólogo para avaliar esta condição. 
Os planos de saúde exigirão um encaminhamento médico. Muitos pediatras que estão atualizados e  familiarizados com estas questões já encaminham para essa avaliação. Os otorrinolaringologistas são especialistas que também podem direcionar a busca do diagnóstico nestes casos.
Oriente a família como acontece a avaliação: é um exame indolor, realizado em cabine a prova de sons externos, a criança deverá prestar o máximo de atenção que conseguir para responder aos testes.
Explique para a família a importância de descobrir o que se passa com a criança para que seu desenvolvimento e aprendizado não sofram atrasos.

Conversando com a turma 
É importante intervir com calma quando os colegas desprezam ou zombam deste aluno. Peça que tenham paciência, que pode ser uma pequena dificuldade, que logo será resolvida.
Aproveite para trabalhar as diferenças e a colaboração em sala.

Conversando com a criança
Converse com o aluno e forneça a assistência necessária. Esteja atento às suas necessidades neste período. Essa criança precisa da sua ajuda e você pode estar por perto para isso.


Diagnóstico positivo para Desordem do PAC - Como ajudar e Estratégias em sala de aula

Confirmado o diagnóstico de Desordem do PAC, lembre que a criança não sabe o que está acontecendo. Ela não entende que "ouve" diferente das outras criança, mas ela percebe que está fora dos padrões esperados. É comum que fique frustrada, que "desligue de tudo", que fique agressiva ou desafiadora. Então, primeiro entenda que, nesses casos, o mau comportamento da criança pode ser uma reação à dificuldade e tenha muita paciência para auxiliar nas suas necessidades escolares.

Identifique os recursos que a criança usa para contornar o problema e aproxime-se dela para orientá-la com muita compreensão, mostrando que há formas mais eficazes para lidar com questões difíceis para ela.

Para crianças mais no início da escolaridade metáforas e histórias são bem vindas para concretizar e trabalhar com as dificuldades.

A partir daí você pode lançar mão de algumas estratégias para envolver esse aluno nas aulas e facilitar seu aprendizado. É claro que há uma limitação no tempo de aula, ambiente da escola, recursos, etc, mas vale a pena fazer o possível, você fará muita diferença na vida desta criança por ter apostado nas suas possibilidades.  Aqui vão algumas dicas:

  1. traga-o para perto, para que você e o material à frente sejam o foco, o que também diminui todas as distrações entre ele e você
  2. afaste-o do ruído (janelas, porta ou grupos muito conversadores)
  3. sempre que possível, dê uma atenção individual, confirme se ele entendeu a explicação ou a orientação dada
  4. fale mais devagar, ele precisa de mais tempo para processar
  5. use ordens simples e claras
  6. fale de frente
  7. use recursos que demandem os diferentes canais: visual, auditivo e cinestésico
  8. incentive sua participação, mas evite expor a criança em situações de muita dificuldade como ler em voz alta ou escrever no quadro, por exemplo, se estas forem suas maiores dificuldades
  9. nem sempre o tom de voz mais forte será compreendido mais facilmente, evite falar muito alto
  10. veja com a equipe pedagógica a melhor forma de avaliar seu aprendizado

Ainda tem dúvidas, estou por aqui!


Psiu!!!!
O sorteio para presentear você professor e escola interessados neste tema será hoje: 
- 2 horas de assistência individual para um professor 
- uma mini-consultoria para uma escola

Para se inscrever, basta enviar um e-mail para lugardafala@gmail.com com seu nome, escola, e-mail para contato com a escola. Diga se você quer a assistência individual ou a mini-consultoria para a escola.
Já compartilhou com suas colegas? 
Aviso você do resultado por e-mail , ok?

Imagem: Freepick

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

O que é o Processamento Auditivo Central?



Bom dia!
Conforme combinado , vamos entender um pouquinho sobre Processamento auditivo hoje para depois entender suas possíveis alterações e o que fazer.


Esclarecendo primeiro este nomezinho que tem sido tão comum nas escolas e nos diagnósticos das crianças, a famosa alteração ou desordem do PAC (processamento auditivo central).
O que é PAC?
Mesmo quando nossa audição periférica está normal (resultados normais na audiometria), ainda tem um caminho que o som, agora como energia acústica, precisa percorrer via sistema nervoso até ser totalmente identificado, diferenciado, decodificado, compreendido e integrado ao contexto.

Tal complexidade de ações estabelecem um PROCESSAMENTO constituído de sucessivas informações, ações e reações cerebrais acontecendo em harmonia para que, em tempo real, possamos conversar, concentrar-se numa aula, assistir um filme, participar de um jogo, entre tantas outras atividades onde temos a audição envolvida.

Esse funcionamento é tão natural ao ser humano que, às vezes, pessoas adultas ou crianças com dificuldades nessa área são excluídos ou recebem críticas de que são lentos, não entendem, não ouvem ou “vivem voando”. Mas pode não ser simplesmente uma característica da pessoa, e sim algo que precisa ser tratado para minimizar os prejuízos na aprendizagem e na vida. Um atraso ou disfunção em uma ou mais estações deste processamento prejudicará o que foi ouvido em maior ou menor grau, dependendo de como está funcionando essa via auditiva central.

Imagine ouvir um som (que todos conhecem) e demorar para reconhecê-lo ou ficar na dúvida do que está ouvindo, trocar sons ouvidos, transformando uma palavra em outra completamente fora do contexto, buscar pelo amigo que está chamando em outra direção diferente de onde vem o chamado, ouvir uma história e perder partes ou não entender nada, não conseguir manter uma conversa mais argumentativa, por perder a concentração ou desconectar ideias. Tudo isso que parece bem simples para nós pode acontecer nestes casos e precisamos saber como ajudar as crianças com estas dificuldades.

Amanhã, veremos um check list com possíveis sinais que apontam para a desordem do PAC, ok?
Até amanhã!

E lembre: Na sexta-feira tem sorteio para presentear você professor e escola interessados neste tema: 

- 2 horas de assistência individual para um professor 
- uma mini-consultoria para uma escola
Para se inscrever, basta enviar um e-mail para lugardafala@gmail.com com seu nome, escola, e-mail para contato com a escola. Diga se você quer a assistência individual ou a mini-consultoria para a escola. Inscrições abertas!!!



Imagem deste post: ASHA

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Primeiro faz a prova e então aprende as lições


Um dos temas que mais gera perguntas é a educação dos filhos.
Nunca saberemos qual é o tamanho do desafio até termos um filho e as questões vão se modificando e se multiplicando a cada filho e a cada fase que passam.
E não são as perguntas sem respostas justamente o mais intrigante e surpreendente da paternidade e maternidade?
Nós fomos "treinados" na escola a encontrar respostas certas. Havia questões com até mais de uma alternativa correta e também as que nos pediam para assinalar a INCORRETA ou justificar as afirmativas FALSAS. Tinha também as famosas PEGADINHAS que nos induziam ao erro.
Sim, aprendemos esta lição direitinho.
Bom, aí caímos na longa prova prática de ser pais e mães. É mais ou menos assim:

Resolva a seguinte situação problema:
Questão única: Eduque seu filho adequadamente, sabendo que:

  1. cada filho é um ser único
  2. ele não é você
  3. cada fase do desenvolvimento será marcada por diferentes variáveis
  4. ele é humano, portanto não é perfeito
  5. você é humano, portanto não é perfeito
  6. verba limitada conforme a época e a situação econômica do país

Tempo para realização desta prova: uma vida toda.
Considerações:
a) A prova deve ser realizada em dupla pai e mãe (sempre que houver os dois).
b) Família e profissionais especialistas podem ser consultados a qualquer tempo.
Boa prova!



Imagem:https://br.freepik.com/

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

O melhor presente é ESTAR PRESENTE


Olá queridos,
Desta vez a ausência teve a ver com presença.
Como assim?
Fui passar um tempo com a minha irmã e família. Esse tempo provocou algumas reflexões que quero compartilhar aqui. Outro país, outro idioma, outra cultura, outro ritmo, outro lugar.
Eu que falo de LUGAR neste blog, do lugar comunicativo, me encantei com meu sobrinho de 1 ano e 8 meses falando sem parar,descobrindo sons e imitando a todos.
Não pude deixar de me comover com minha sobrinha, que no dia seguinte em que completou 6 anos, bravamente concordou em viajar conosco pelas redondezas e passar, pela primeira vez, 5 noites longe dos seus pais e do seu pequeno irmãozinho.
E por que isso virou texto do blog?
Porque nunca se discutiu tanto sobre "tempo de qualidade", "mindfulness" - receitas de sucesso, palavrinhas difíceis para falar que é preciso ESTAR PRESENTE com todo o ser: corpo, mente e alma.
Observar as crianças crescendo, é um luxo que não nos damos mais. É de graça, mas parece custar tanto... nosso tempo, nossa paciência...
- Leva para lembrar de mim, tia! - foi o que ouvi da Sophie ao receber o desenho que postei acima.
Como se pudesse esquecer...


Imagem: pintura com tinta da Sophie (6 anos)

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Tom de voz adequado para falar com as crianças





Olá!!!
Estou atualizando este post por considerar um assunto que devemos falar mais.

Diante da reclamação de que há dificuldades de comunicação entre pais e filhos e também entre professor e aluno, cabe a pergunta:
Que tom de voz você está usando para educar, orientar, brincar, ensinar e repreender?
Já deve ter acontecido aí, pois aqui já aconteceu de uma discussão com a criança começar por um motivo simples de resolver, e virar uma guerra com punição, gritos e outros. 
Mas as crianças gritam e desobedecem... Ok, lembre quem é o adulto da história, e evite crises desnecessárias. A boa notícia é que podemos usar tons de voz diferentes para cada situação e isso facilitará a comunicação familiar.
Aqui vão as dicas para você refletir sobre sua intenção quando fala e se ela está compatível com o como você está falando :
1) Tom de voz suave, sorriso e expressão facial animada indicam que há conivência com a situação.
2) Tom de voz muito baixo e repetição excessiva do comando (porque a criança não está atendendo ao seu comando) significa falta de energia, desânimo e falta de autoridade.
3) Gritos e expressão facial de raiva, demonstram falta de controle e desespero. Não garantem que a criança vai aprender um comportamento desejado com isso, mas podem aprender o seu comportamento de gritar.
4) Tom de voz calmo e firme, em intensidade média e expressão facial de seriedade indicam que o adulto sabe o que está fazendo e que está falando sério.
E atenção: quando prometer algo para a criança, cumpra!
Lembre-se: a criança entende a mensagem por meio de vários canais - palavras usadas, expressão facial e corporal, tom de voz e atitudes.

Até a próxima!

Veja mais sobre como falar com as crianças aqui.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Meu filho é normal



Queridos leitores!
Depois de refletir sobre quando os filhos têm problemas, nos cabe pensar no que é um filho "normal".
Ao receber pais angustiados que dizem:
- Ele é normal, só tem esta dificuldade na fala.
ou
-É uma criança normal, mas não está conseguindo aprender na escola.
...percebi que era hora de destinarmos um tempo de bate-papo sobre o que é ser normal, acalmar corações ansiosos e rever nossas expectativas sobre os filhos.
A sociedade nos impõe esta cultura da perfeição em todos os aspectos. Tudo tem que estar certo (volto outro dia só para falar sobre certo X errado, ok?).
Será que não estamos buscando uma realidade ideal e filhos irreais?
Casamentos de contos de fadas onde o felizes para sempre não prevê nenhum problema, dor ou falta, podem ter distorcido a nossa expectativa de uma vida normal e nosso limiar para aguentar a frustração pode ter descido ao limite.
Daí a busca por consertar o que não está funcionando.
Eu penso que filhos normais são estes nossos que estão aí. O que não é normal é querermos normalizar tudo ao grau da perfeição.
Sim, existem dificuldades na fala, na escrita, no aprendizado e muitas outras.
Se tentarmos compreender o que esta criança está sentindo e o quanto isso influencia na relação familiar, isso possibilitará olhar este sintoma comunicando algo para a família. E descobrir esta comunicação é o que fará tudo entrar em equilíbrio.
É isso que normaliza a nossa visão da realidade, nos desobriga das eternas justificativas aos outros e nos tira desta angústia da impossibilidade da perfeição absoluta.
abraços e até a próxima!


Imagem: Freepick

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Meu filho tem problemas



E quando tudo sai diferente do que imaginamos?
Até agora vínhamos falando da alegria da formação da família, da chegada de um filho, daquele amor que nos faz encarar qualquer dificuldade.
Mas aqui também é mundo real. E, às vezes, temos desafios para cumprir com esta chegada ou descobrimos isso no desenvolvimento do filho ou da filha.
O que fazer? Como agir?
É comum os pais terem opiniões diferentes ou até se desentender. Por vezes, outros membros da família também opinam. Nem sempre há uma solução clara.
A medicina não tem resposta pra tudo, mas mesmo diagnósticos que nos desanimam podem nos surpreender. Aposte em tentar e acreditar.
Se houver diálogo e respeito à opinião e sentimento do outro nesta fase, tudo se encaminha mais facilmente.
Como profissional que ajuda as pessoas a se comunicarem com eficiência, com mais de 20 anos atuando na área, recebi famílias arrasadas por uma condição de saúde ou desenvolvimento de um filho, as quais bloquearam a comunicação, dificultando o relacionamento e a ajuda para a criança.
Ouvir atentamente e falar só o que realmente deve ser falado possibilita ter clareza do que cada um pensa e pode fazer naquele momento.
Tempos difíceis exigem mais de nós.
Me conte aqui se você já passou por uma situação assim?

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Corrigir, sim, e com amor


Olá,
Como é mês das mães, eu estou aqui para parabenizá-las e lembrar da importância da família no desenvolvimento das crianças, principalmente da nossa comunicação ao educá-los.
Os filhos lembrarão de uma família que incentivou, que ouviu, que está mais preocupada com o que a criança está aprendendo do que achar erros.
Agora que eu sou mãe também, sei o tamanho deste desafio. É algo que pode ser ensaiado e melhorado com o tempo. Lembram daquela vergonha que a gente passava quando nossos pais nos repreendiam na frente dos outros?
É claro que precisamos repreender , é assim que a família vai ajudando a criança a compreender as regras e comportamentos, mas podemos escolher o que precisa de correção, o que precisa de repreensão, o que a gente conversa depois em casa e o que "tudo bem, deixa pra lá!".
Lembrando, então desta super responsabilidade de sermos pais e mães e sabendo que todos estamos fazendo o melhor que sabemos ou que podemos, vamos continuar nesta "missão possível".
abraços e até a próxima!

sexta-feira, 10 de março de 2017

Férias ou aulas?



As aulas recomeçaram e a criançada já está com todo o gás, não é mesmo?
Pois o recado aqui hoje será para que fiquemos de olho o ano inteiro. Nós já sabemos disso, é bem óbvio.
Mas vale a pena lembrar, que no início tem pouco conteúdo, a criança está descansada e ainda está empolgada com as novidades da nova turma.
Uma rotina de estudo, com acompanhamento e principalmente "paciência" dos pais ajudará muito a criança no seu percurso escolar.
Falei de paciência porque as crianças são bem menos tolerantes quando a gente tenta ajudar, elas reclamam que não ensinamos igual ao professor, distraem-se facilmente e parecem não entender.
O conselho é: Muita calma nesta hora! Não desista , mantenha seu volume de voz normal e tranquilo.
Mostre interesse pelo conteúdo. Conte se você lembra quando aprendeu este conteúdo. Mostre as aplicações deste conteúdo na vida prática. Você vai ajudar muito o seu filho.
abraço e até a próxima!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Curiosos por natureza



As crianças são insaciáveis em suas perguntas. Elas não param de perguntar. Estão sempre curiosas  e insatisfeitas com um simples "porque sim".
Isso faz com que sejam mais criativas, mais dinâmicas em seus pensamentos. É o que ajuda muito a desenvolver a linguagem.

Dica do dia: Tente não se irritar, responda. Descubra o que despertou a curiosidade, qual o interesse naquele tema.
Aproveite que ela vem perguntar suas dúvidas em família!


Imagem Bennet

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Tecnologia e comunicação






Em tempos de tantas mudanças , a tecnologia tem sido fator determinante de inovações e surpresas.
Alguns pais têm reclamado de que as crianças só querem ficar nos equipamentos eletrônicos, têm preguiça de falar, de escrever, de ler...
Eu sou das antigas, quebro-cabeça com tecnologia e já me encrenquei muito com equipamentos ( :O ).
Gente, adianta a gente ficar brigando com as mudanças do mundo? Não.
Precisamos apenas compreender o que está acontecendo e achar o nosso jeito de lidar com todas estes brinquedinhos eletrônicos tão interessantes. Por que não jogar um jogo eletrônico com nossos pequenos de vez em quando? E por que não sentar para discutir pesquisa e ensiná-los a procurar pelos temas em fontes confiáveis? Ou até mesmo ler textos curtos juntos em livros digitais?
Penso que a gente pode, sim, ajudar esta meninada a lidar com tanta informação (estejam certos que isso provoca certa ansiedade neles) e receber ajuda quando "apanhamos" para as engenhocas digitais que se multiplicam a cada dia.
Agora tenho procurado aproveitar esta tecnologia que por vezes me aproxima ainda mais das pessoas. Outro dia recebi uma mensagem em audio da mãe de um paciente que gravou a evolução do pequenino e me enviou as novas palavrinhas que já estavam saindo antes da sessão agendada. Pronto. Amei  e não brigo mais com a tecnologia!


Imagem Freepick


terça-feira, 5 de julho de 2016

Linguagem também se desenvolve nas férias


Olha o ano voando aí, e chegamos a mais um período de férias da criançada.
Férias sempre são um desafio para os pais, pois a meninada morre de tédio, se não encontrar boas opções de diversão, não é mesmo?
Bom, quem leu o e-book Pequeno manual para pais que querem ver seus filhos se expressando bem,
viu dicas para brincar com seu filho, com brincadeiras simples, aquelas que todos nós conhecemos, que não precisam de um super investimento financeiro. Apenas um tempo de atenção e curtição da criatividade dos pequenos.
Também vou parar duas semanas de férias, tá?
Depois quero saber quem aí voltou à infância e se divertiu!


Imagem: Produtos Artekoisas

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Família e suas repercussões



Bom, foi dia dos pais e eu estou aqui, emotiva hoje, para dizer o quanto a família é importante, o quanto as crianças se espelham nos modelos que vêem em casa, e tudo isso terá repercussões no futuro.

Não pensem que seu filhos não estão observando e apreendendo tudo o que está a sua volta. Sejam inspiração para eles!

#ficaadica


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Um e-book cheio de dicas sobre comunicação em família

Olá para todos
Hoje o meu assunto é com os pais e mães que cuidam de seus filhos com o maior amor do mundo.
Aqueles que trabalham para conseguir ter uma vida digna e dar a sua família o melhor para formar bons cidadãos.
E aqueles que, sim, gostariam que seus filhos se comunicassem de forma clara e verdadeira.
Vocês sabem como fazer isso?
Esta é uma semana especial, pois estou lançando o e-book PEQUENO MANUAL PARA PAIS QUE QUEREM VER SEUS FILHOS SE EXPRESSANDO BEM"
E apesar deste nome MANUAL, ao invés de ser um conjunto de técnicas universais, é uma conversa de uma fonoaudióloga, também mãe, com mães e pais de todos os lugares. Ele é um passo a passo de amor, de rotina e de dias normais que as pessoas vivem.
É a promoção de uma comunicação saudável em família que envolve brincadeiras, diálogos e olho no olho.
Quer conferir?

terça-feira, 30 de junho de 2015

Crianças nas férias


E as férias estão aí...
As crianças estão ansiosas para  brincar, ouvir histórias e se divertir.
Não vamos perder essa chance de nos comunicarmos melhor com elas, não é mesmo?

Sugestões de programinhas gostosos em família:
  • parque
  • cinema
  • casa do amigo/primo
  • passeio a pé no bairro
  • filme em casa com pipoca
  • fazer um bolo juntos
  • atividade com tinta
Me contem como foi, ok?



quarta-feira, 3 de junho de 2015

Como se comunicar com o seu bebê

Marque a sua opção. Como você fala com o seu bebê?

  1. falo normalmente
  2. infantilizo a minha fala/falo como criancinha
  3. não falo
Alguns pensam que pelo fato de ainda não falarem, os bebês não entendem nada. Isso porque eles ficam um grande período (antes do início da sua fala) só ouvindo. Significa que entendem sim e nada mais justo do que darmos esta oportunidade para que se comuniquem conosco, compreendendo a língua falada.

Devemos conversar com os bebês enquanto estamos nas nossas atividades cotidianas. É claro que a nossa fala pode ser mais doce, com mais diminutivos e entonações diversas. Mas procure não diferenciar tanto a pronúncia das palavras quando estiver falando com seu filho para que não fique confuso para ele os sons usados na nossa língua.

DICAS:

  1. Fale devagar. 
  2. Cante sempre que puder. 
  3. Repita mensagens importantes, pois eles aprendem rapidinho!
  4. Confirme quando ele esboçar as primeiras sílabas, encorajando a usar a fala.
  5. Observe como logo ele começará a verbalizar naturalmente!

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Se você conhece alguém cujos filhos estão com dificuldades na fala, pode recomendar os e-books do Lugar da Fala

Quem esteve aqui este mês